O que esperar para os preços do milho nesta semana? Confira análise.
Os fatores climáticos devem seguir pautando os preços do milho a nível internacional. As atenções ficam para a situação na Argentina. O mercado também segue de olho nos dados de estoques que serão divulgados nesta semana e ainda na situação de abastecimento de milho a nível interno, que pode ser mais problemático.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do
analista da Safras Paulo Molinari.
– Discussão sobre a retomada do surto de peste suína africana no Sul da China e da Ásia impacta sobre os mercados na semana;
– Números extraordinários e muito altos para situação de curto prazo afetam o perfil de expectativas para o mercado de carnes e também de grãos;
– Clima na Argentina tenso com as chuvas apenas localizadas deste mês e pouca chuva no fechamento de fevereiro. Próxima semana ainda sem chuvas;
– Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no próximo dia 10 tem expectativa de novos pequenos cortes de estoques na soja e no milho, o que pode acirrar a disputa por acres no plantio norte-americano;
– Intenção de plantio será divulgada no dia 31 de março. Há incertezas sobre as decisões dos produtores. Algum aumento de área para o milho e algum para a soja parece o consenso mais lógico no momento;
– Clima no inverno nos EUA não tem interferência no plantio que começa apenas no final de abril;
– Baixa de preços na China na semana serviu para acomodar as expectativas na CBOT;
– Mercado brasileiro começa o seu momento crítico de abastecimento;
– Logística difícil, colheita da soja se impondo, colheitas do milho dentro da normalidade e estoques no setor consumidor cedendo rapidamente;
– Mesmo que tenhamos colheitas mais a frente, e vão ocorrer, os preços já estão mostrando que o quadro de abastecimento é muito ajustado;
– A questão é que hoje custa acima de R$ 95 por saca uma importação de milho argentino e, apenas, para jun/jul. Portanto, no curto prazo a situação se torna difícil;
– Safrinha com 70% da área sendo plantada em março alonga a entressafra brasileira;
– Alguma colheita ocorrerá em junho, alguma em julho, mas o forte da safrinha surgirá em agosto/setembro;
– Isto deixa a entressafra 2021 mais longa e com necessidade de abastecimento com milho de verão apenas e/ou importações;
– Clima na safrinha na safra norte-americana será uma variável importante nas próximas semanas.
Por Canal Rural
Foto de Todd Trapani no Pexels
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