A primeira sessão de 2022 tem altas de mais de 20 pontos para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago
A primeira sessão de 2022 tem altas de mais de 20 pontos para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. Na manhã desta segunda-feira (3), por volta de 7h30 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 19 e 21,75 pontos, levando o janeiro de volta aos US$ 13,48 e o maio aos US$ 13,70 por bushel. O clima na América do Sul segue no centro das atenções.
O final de semana foi de tempo quente e seco no Sul do Brasil e também na Argentina e, de acordo com os últimos mapas do GFS – o modelo americano – o padrão de temperaturas muito elevadas e chuvas abaixo da média deverá continuar nestas regiões até meados de janeiro.
“Muitos players venderam e liquidaram posições até o último pregão do ano, apostando que haveria mudanças no padrão climático para o Sul do Brasil e Argentina, o que, segundo os modelos, não acontecerá. Para esta semana estão previstas chuvas esparsas e abaixo do normal”, explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
O estado do Paraná, segundo maior produtor de soja do Brasil, já decretou, por seu governador Ratinho Júnior, estado de emergência em função da seca extrema. As primeiras colheitas que se iniciaram no país não chegam a 10 sacas por hectare em algumas áreas mais sofridas com a estiagem.
Como também afirma o executivo, além do já conhecido problema do Sul do Brasil, o excesso de chuvas no centro-norte do país também continua sendo monitorado, uma vez que pode atrasar a colheita e tirar qualidade das vagens quase prontas para serem colhidas nestas áreas.
O mercado também segue atento aos seus vizinhos, principalmente os do complexo soja – com altas de mais de 1% sendo registradas nesta segunda-feira pelo óleo e pelo farelo na CBOT – além dos demais e do financeiro.
Neste início de semana sobem também os preços do petróleo – mais de 1% – com a OPEP (Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo) afirmando que os impactos da variante ômicron serão mínimos – ao menos por enquanto – para este mercado.
Por Notícias Agrícolas
Foto por Yandex
Comentários