O Brasil importou 36,8 milhões de toneladas de fertilizantes
O Brasil importou 36,8 milhões de toneladas de fertilizantes – considerando as principais matérias-primas – de janeiro a novembro de 2021 e alcancou volume recorde absoluto, segundo dados compilados pelo analista Jeferson Souza, da Agrinvest Commodities. Em todo 2020, as compras brasileiras no exterior foram de 30,19 milhões de toneladas. O incremento mais forte das importações, porém, se deu no superfofasto simples, que foi de 84,41% em relação ao ano passado nos primeiros onze meses.
O analista, porém, ressalta que apesar do aumento da demanda brasileira mair ter sido a principal responsável por alimentar esse aumento das importações, a produção nacional permaneceu praticamente inalterada.
A Rússia segue como o principal fornecedor do Brasil, de onde vieram 23,5% do total importado de janeiro a novembro considerando todos os produtos.
“O maior volume ainda permanece para o cloreto de potássio. O fertilizante acumula 11,82 milhões de toneladas desembarcadas nos portos brasileiros, contra 10,33 milhões de 2020, um aumento de 14,47%”, explica Souza. O total é o maior já registrado pelo período e a maior parte veio do Canadá – 3,79 milhões de toneladas. Na sequência vêm Rússia e a Bielorússia.
E como já vinha sendo sinalizado pelo analista ao Notícias Agrícolas, a Alemanha vinha se destacando como um dos fornecedores ampliando sua participação no mercado brasileiro. Nos 11 meses deste ano, o Brasil trouxe 1,064 milhão de toneladas de KCl.
O cloreto alemão tem se destacado já que as questões da Bieorrússia são as mais críticas no atual cenário do mercado de fertilizantes. Há As sanções impostas pelos EUA sobre empresas do país pesam sobre o mercado e uma outra companhia – a Belarus Potash Company – deve entrar na lista, além da Belruskali que já está entre as sancionadas pelos americanos.
“A empresa Belaruskali foi sancionada no mês de de agosto pelos EUA, sendo que o prazo para o fim das negociações termina em 8 de dezembro. A empresa é responsável por produzir mais de 12 milhões de toneladas de KCl por ano, sendo a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da canadense Nutrien”, afirma Jeferson Souza.
Tais medidas já poderiam causar impactos severo sobre a próxima safra brasileira, entre eles a redução da abudação deixando as lavouras mais expostas, custos de produção mais elevados – em especial para os arrendatários, além da manutenção da área 2022/23 e possíveis migrações para outras culturas.
E as preocupações são crescentes já que o cloreto de potássio não é o único fertilizantes a subir de forma muito intensa. A ureia é o exemplo seguinte. De janeiro a novembro, o Brasil importou 6,23 milhões de toneladas, 13,9% a mais na comparação anual.
O Catar foi o principal fornecedor do Brasil, mas ainda assim desembarcou 8,1% menos de ureia no país do que há um ano. Quem ampliou sua participação por aqui foi Omã, com um volume 551% maior de produto chegando aos portos brasileiros. No mesmo intervalo, o Irã perdeu 24%.
Por Notícias Agrícolas
Foto por Yandex
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