“Quando os mercados de grãos estão voláteis, como agora, olhar os spreads pode oferecer uma visão extra”
As cotações dos contratos futuros da soja e do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quinta-feira, 24 de Junho, novamente em queda. De acordo com a Consultoria AgResource Brasil, o mercado repercute a “expectativa que as chuvas que já atingem o Meio Oeste dos Estados Unidos se expandam para o leste das planícies”.
Além disso, acrescentam os analistas de mercado, há um “temor de que o relatório de área plantada, que será divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) na próxima semana, traga um aumento entre quatro e seis milhões de acres (1,6 a 2,4 milhões de hectares). Esses dois motivos combinados geraram uma corrida para sair de posições compradas na bolsa”.
“Com os patamares de preços atuais, é evidente que o mercado está considerando uma produtividade recorde da soja e milho com um aumento de área plantada no cereal. Ainda não se sabe se o USDA vai confirmar ou não um plantio acima de 38 milhões de hectares para o milho, mas a expectativa foi suficiente para que os preços fechassem em baixa”, conclui a AgResource Brasil.
De acordo com Mike Verdin, editor-chefe da agência Agrimoney, quando os mercados de grãos estão voláteis, como agora, olhar os spreads pode “oferecer uma visão extra sobre o que realmente está acontecendo”: “No milho de Chicago, por exemplo, houve uma expansão acentuada no desconto do contrato da nova safra de dezembro em relação à safra antiga de julho”.
“Isso é um reflexo das melhores perspectivas do clima no meio-oeste, o que reduziu as preocupações de que a nova safra, ou seja, 2021, sofrerá um rendimento reduzido, após a seca que testou o desenvolvimento inicial. Mas esses spreads vão se expandir ainda mais? Existem alguns sinais de que eles estão encontrando resistência em níveis próximos às máximas de contrato, o que significa que pode demorar um pouco para colocá-los em um novo território”, conclui Verdin.
Por Agro Link
Por Pixabay
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