Safra 2020/21 mal foi concluída e áreas estão em preparação para próximo ciclo.
As lavouras da safra 2020/21 já foram colhidas, os grãos estão sendo comercializados e as áreas já estão sendo preparadas para o plantio das culturas de primeira safra no ciclo 2021/22. Neste ciclo foram plantados 864 mil hectares e a produzidos 2.088 milhões de toneladas do grão.
Em Minas Gerais, assim como as demais culturas de segunda safra, o sorgo sofreu com a estiagem em todo seu desenvolvimento. No entanto, por ter maior tolerância ao estresse hídrico em comparação ao milho, as estimativas de perdas foram atenuadas. No Mato Grosso do Sul, a cultura encontra-se com a colheita encerrada. Como a comercialização ocorre de forma simultânea à colheita, em muitos casos diretamente da lavoura para o consumidor final, não há custos com beneficiamento e armazenagem dos grãos, bem como, praticamente inexiste produto estocado para venda.
Para a safra total 2021/22, a estimativa é de uma produção de mais de 2,4 milhões de toneladas. Já a área deve se manter em 864 mil toneladas. O maior produtor nacional é Goiás, que espera avançar quase 27% nesta safra e passar de 900 mil toneladas para 1.148 milhão de toneladas.
No Pará, o cultivo tem sido usado principalmente para proteção de solo e cultivo de grãos para produção de ração animal. Para esta safra a intenção de plantio se mantém estável em termos de área. A cultura é cultivada nos intervalos de plantios de soja e de milho. A região de Paragominas é a maior produtora do grão no estado.
No Piauí, a lavoura de sorgo nesse estado é plantada como cultura de segunda safra em sucessão à soja. O plantio no estado ocorre entre o final do mês de março e início de abril. Por ser uma cultura mais rústica e que apresenta menor exigência hídrica que o milho, alguns produtores optaram por investir nesta cultura. O planejamento de área para esta cultura ainda está indefinido.
No Rio Grande do Norte, a cultura do sorgo com dupla aptidão vem se tornando uma das principais alternativas de alimentos volumosos para os rebanhos, sobretudo os bovinos, já que a maior parte da produção da planta vai para ração animal (forragem).
Na Bahia, na região Centro Sul e região Centro Norte, o sorgo tornou-se uma alternativa para contornar os problemas causados pela irregularidade climática e o preço do milho no mercado. Os agricultores que já plantavam estão mais confiantes no potencial da lavoura, no entanto a área não expande devido à indefinição do agricultor, pois ainda mantêm a intenção de plantar milho, já que o preço deste grão está mais atrativo.
Por Agrolink
Foto por: Wikimedia
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