De acordo com o coordenador de Grãos da Datagro, Flávio França Junior, o prognóstico de clima indica um La Niña para o final do ano
A soja brasileira deve continuar lucrativa na próxima safra. Segundo um levantamento da consultoria Datagro, os ganhos deverão ser apenas um pouco abaixo dos excelentes desempenhos do ciclo atual.
Segundo a consultoria, pesam a favor de um bom resultado financeiro em 2022 “a perspectiva de boa produtividade média, em virtude do bom nível tecnológico e do clima ainda predominantemente regular em tempos de La Niña fraco”
De acordo com o coordenador de Grãos da Datagro, Flávio França Junior, por enquanto, o prognóstico de clima indica um La Niña para o final do ano. “Pegaria o verão no Brasil. O fenômeno, a principio, seria de fraca intensidade e rápido. Com isso, a gente fica sem uma previsão definitiva de clima. Por enquanto, nós não temos nenhuma anomalia prevista para safra de verão. E por isso trabalhamos com um cenário de normalidade”, explica.
Sobre a produtividade, França Junior diz que as lavouras não devem ter um desempenho “excepcional”, mas dentro de um padrão de normalidade. “O mercado ainda vai estar bem remunerador”, diz.
Segundo o coordenador da Datagro, o grande problema da nova safra será o custo de produção. “Os custos estão aumentando de forma generalizada, não é resultado apenas da taxa de câmbio. Neste ano, nós percebemos um aumento geral nos custos fixos, nos insumos, nas sementes. É um ponto limitante. Mas não é um impeditivo para um resultado positivo para soja. Se ele tiver uma boa colheita, terá um resultado positivo, mas abaixo do ciclo atual”, afirma.
Por Canal Rural
Foto por Pixabay
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