Real desvalorizado impulsionou renovação da frota no campo.
Mesmo com a pandemia o setor de máquinas e equipamentos não sentiu os efeitos negativos. O primeiro mês deste ano teve receita líquida da indústria de R$ 12,6 bilhões, um crescimento de 38,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.Este foi o melhor janeiro desde 2015, quando o setor havia faturado R$ 13,2 bilhões. Os dados foram divulgados em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (24), pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Esse desempenho é puxado pelas vendas do mercado interno que cresceram quase 51%, com destaque para as máquinas agrícolas que tiveram alta de 27% no ano passado. “O agro não parou e o produtor plantou com dólar baixo e colheu com dólar alto. Isso motivou a maior renovação de frota desde 2011/12/13”, destaca Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq.
O relatório ainda aponta que houve avanço em empresas de máquinas agrícolas de todos os portes. E para 2021 o cenário do setor segue com expectativa positiva. “Teremos que refazer as contas porque tivemos alta de commodities e todos fundamentos que tivemos para bom desempenho em 2020 estão ainda melhores. Esperamos desempenho melhor”, diz Estevão.
No que a pandemia refletiu foram as exportações. Em janeiro a queda foi de 1,6% e isso, segundo a Abimaq, pode sinalizar uma retomada. As exportações de máquinas agrícolas tiveram o melhor desempenho de vendas externas em janeiro, junto com as máquinas para construção civil, ambas com alta de 16,1%. No ano as exportações de máquinas agrícolas tiveram queda significativa de quase 40%.
Nas importações, após dois meses consecutivos de alta, houve queda de 7,5% das compras em janeiro. Em máquinas para o agro janeiro teve alta de 6% em importações e em 2020 queda de 35%.
Por Agrolink
Foto de Andrea Piacquadio no Pexels.
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